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Platão matemático e Euclides e a curva de Gauss

Platão (427-347 a.C.) foi um filósofo entusiasta da matemática a qual via como uma ciência que independe da experiência. Já Euclides de Alexandria (c. 300 a.C.), na obra Os elementos o uso exclusivo da régua e do compasso nas construções geométricas é uma constante. Os polígonos regulares construídos por Euclides destacam-se pela beleza e utilidade (triângulo, quadrado, pentágono, hexágono, decágono e pentadecágono). O pentágono regular é muito provavelmente uma herança da matemática pitagórica. Euclides - o boa luz - (figura ao lado) é sempre referido como o Pai da geometria. Karl Friedrich Gauss (1777-1855) conseguiu demonstrar que o heptadecágono regular (17 lados) pode ser construído com régua e compasso apenas..... Mais tarde ele descobriu uma regra geral pela qual se determina se um polígono regular pode ou não ser construído com régua e compasso. Foi uma menino prodígio....

As práticas de leitura enquanto práticas sociais

David Barton Em todas as colectividades, os modelos comuns libertam-se das actividades da leitura e da escrita. É preciso ver estas práticas como elementos das práticas sociais. As pessoas agem por uma razão qualquer; elas perseguem os seus objectivos. A leitura e a escrita servem outros fins. Normalmente, as pessoas não lêem por ler e não escrevem por escrever, lêem e escrevem para fazer outra coisa, para atingirem outros fins. As pessoas querem saber a que horas parte um comboio ou como funciona um novo relógio ou um magnetoscópio; querem manter o contacto com um amigo; querem fazer-se entender. Têm que pagar as facturas, saber cozer um bolo de aniversário. Ler e escrever podem fazer parte destas actividades sociais. Elas integram-se de diferentes maneiras_ Podem fazer parte da actividade ou ter uma relação mais complexa. Le_ escrever são muitas vezes uma opção entre outras para atingir um dado fim de comunicação; para saber a que horas parte um comboio, pode escolher-se entre ...

Do poder da palavra

DO PODER DA PALAVRA ADÉLIA BEZERRA DE MENESES Em "As 1001 Noites", Sheherazade vence a morte e o poder, propiciando a cura através de um discurso vivo, corpóreo “As 1001 Noites" em geral nos chegaram através de antologias infantis. Conhececemos as Histórias: "Sindbád, O Marujo", "Aladim e a Lâmpada Maravilhosa¬”, "O Pescador e o Gênio” etc. Mas tais antolo¬gias acabam por privar o leitor do plano geral da obra - a estrutura de encaixe dos contos, embutido uns dentro de outros- e, sobretudo, da poderosa figura da Shehera¬zade, que vence a morte através da Literatura. Tra¬ta-se da maior apologia da Palavra, de que se tem conhecimento. E analisar o papel da contadeira de histórias significará abordar o problema das relações da mulher com a Literatura, da mulher com a Palavra, da mulher com o símbolo e com o corpo. Sheherazade é personagem da narrativa que inicia e termina "As 1001 Noites", servindo-lhes de moldura; é a partir dela que s...

O batismo do mundo segundo Wittgenstein

Folha de São Paulo - Domingo, 26 de fevereiro de 1995 - p. 6 - 9 O batismo do mundo segundo Wittgenstein JOÃO VERGÍLIO G. CUTER Especial para a Folha "Palavras designam objetos; sentenças são designações concatenas": esse é o mote que dá início àquela que é talvez, a mais influente obra de filosofia de nosso século as "Investigações Filosó¬ficas" de Ludwig Wittgenstein (1899-1951), recentemente lança¬das pela editora Vozes numa nova tradução de Marcos G. Montagnoli, com revisão técnica e prefácio de Emmanuel Carneiro Leão. Difícil imaginar mote mais singelo. Mais difícil ainda, talvez, seja acreditar que alguma coisa importante possa ser pensada a partir dele. A maioria das pessoas, diante da frase, tenderia a pensar algo mais ou menos assim: "Muito bem, tudo isto parece óbvio. Sentenças são compostas de palavras e palavras designam coisas do mun¬do - mesas, cadeiras e tudo mais. E daí?". Como é possível que alguém tenha exercido tanta influ...

XXII Semana Filosófica da PUC-Campinas aprofunda estudos sobre a filosofia moderna

O evento vai de 31 de agosto a 4 de setembro com abordagem sobre grandes filósofos alemães. No próximo dia 31, ocorre a abertura da vigésima segunda edição da Semana Filosófica organizada pela Faculdade de Filosofia da PUC-Campinas. O evento consiste numa série de palestras e debates em torno do idealismo alemão, analisando a obra de pensadores como Immanuel Kant e George Hegel, entre outros. "Esses filósofos constituem o foco central da filosofia moderna que, por sua vez, será o eixo central da nossa Semana", explicou o diretor da Faculdade de Filosofia, padre José Antonio Trasferetti. Immanuel Kant, um dos pensadores estudados, é o autor de Crítica da Razão Pura, obra que explica por que a razão é impotente para conhecer as coisas profundamente. Por sua vez, George Wilhelm Friedric Hegel, outro filósofo que será tema nos encontros, tem como base de todo o seu trabalho a fé fundamentada religiosamente na razão. Os encontros estão marcados para todas as n...

Filosofia da PUC-SP abre inscrições para quem já tem curso superior

  Graduação, que completou 100 anos em 2008, tem vagas para transferência e para profissionais que já possuam diploma de curso superior O curso de Filosofia da PUC-SP está com inscrições abertas até sexta-feira (20/2) para selecionar novos alunos que queiram transferência ou já tenham diploma de curso superior. Em 2008, a graduação em Filosofia da PUC-SP comemorou 100 anos: é o primeiro curso superior da área no Brasil. Foi fundado em 1908 na antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Bento, que em 1946 se juntou à Faculdade Paulista de Direito para fundar a PUC-SP. Como exercício crítico e reflexivo, a Filosofia estuda questões relacionadas com diferentes áreas de atividade humana, como a ética, a política, a estética ou o conhecimento. Na PUC-SP, a graduação desenvolve nos alunos a capacidade de análise e o rigor na leitura dos textos filosóficos, estimulando-os a empregar tal habilidade tanto na compreensão das ideias dos diversos pensadores quanto na articulação de sua...

Download gratuito de "O Capital de Karl Marx" por Paul Lafargue

A Conrad disponibiliza para download gratuito de "O Capital de Karl Marx" de Paul Lafargue. Para baixar a obra completa, clique abaixo no link: http://www.lojaconrad.com.br/produto.asp?id=210 Este livro sintetiza os fundamentos da economia política e facilita o entendimento do leitor brasileiro ao pensamento de Karl Marx. O que é o livro? O Capital - Extratos por Paul Lafargue é a compilação essencial da elaboração científica de Marx sobre o funcionamento do capitalismo, suas crises cíclicas, destrinchando seu interior num rigoroso estudo que revolucionou o pensamento social e econômico humano. O texto, supervisionado por Engels, é uma seleção das partes fundamentais da edição integral da monumental obra de Marx. A origem desses extratos organizados por Paul Lafargue está na necessidade da difusão da teoria de Karl Marx ao movimento operário francês do final do século XX. O Autor Esta edição foi publicada originalmente em 1893, organizada pelo médico e socialista francês Paul...